Editoria: Vininha F. Carvalho 31/12/2014
É impossível dissociar o destino Foz do Iguaçu de seu ícone maior: as Cataratas. O que poucos sabem é que em torno delas, na região da tríplice fronteira, existe uma das maiores concentrações de espécies de aves do planeta, tão raras quanto exóticas. A expressão birdwatching quer dizer "observação de pássaros" e foi cunhada na Inglaterra, em 1901, pelo ornitólogo inglês Edmund Selous. Mas um século antes os americanos já haviam criado uma sociedade devotada ao assunto: a Audubon Society. Não por acaso a América do Norte possui hoje 70 milhões de adeptos.
Já no país da biodiversidade a atividade apenas engatinha, mas já ganhou cor local: birdwatching virou "passarinhar", na gíria brasileira dos aficionados. E saiba que se você é do tipo que adora alimentar pássaros no quintal e beija-flores nas varandas, pode se considerar um "passarinhador" nato, segundo especialistas da AVISTAR, entidade que representa o segmento.
O fato é que tanto curiosos e amadores do birdwatching, quanto profissionais ou cientistas têm redescoberto um lado de Foz do Iguaçu pouco explorado: o destino é portal para uma das mais ricas rotas de observação de pássaros. Para se ter uma idéia só o Parque das Aves abriga mais de 900 pássaros tropicais de 150 espécies. É o único parque da América do Sul que permite que o turista entre nos viveiros e tenha contato direto com as aves.
Mas é do lado argentino, no Parque Nacional Iguazú que se encontra um programa específico para os amantes da natureza, das aves e adeptos do "passarinhar". São saídas especiais, com jipes abertos pelo parque e guias ornitólogos que acompanham o grupo com equipamentos apropriados: binóculo, telescópio, guia de aves, check-list e gravador com vozes de pássaros.
A importância do birdwatching para a criação de consciência ecológica planetária é tal que muitos equipamentos turísticos de Foz do Iguaçu começam a incentivá-la.
O Rafain Palace Hotel & Convention Center, por exemplo, oferece completa estrutura de lazer e equipe de recreação, casa na árvore, paredão de escalada, quadras poliesportivas, bosque nativo de 60 mil m² com trilhas para caminhar.