Editoria: Vininha F. Carvalho 15/02/2013
Duas novas espécies de plantas – a Thismia prataensis e a Ocotea marumbiensis, esta última uma espécie de canela – foram descobertas no Parque Nacional (Parna) de Saint-Hilaire/Lange, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no litoral do Paraná .
Os estudos foram publicados em revistas científicas do Brasil e exterior.
A Systematic Botany, publicação da American Society of Plant Taxonomists (Sociedade Americana de Taxonomistas de Plantas), divulgou artigo intitulado "Thismia prataensis (Thismiaceae) – a New Species from the Brazilian Atlantic Rain Forest (Uma nova espécie da Mata Atlântica brasileira)", que apresenta ao mundo científico a planta coletada inicialmente pelo pesquisador Christopher Thomas Blum, no Parna de Saint-Hilaire/Lange, em 2009.
Trata-se de uma planta delicada, com apenas 18 centímetros de altura, que cresce sobre a camada de folhas em decomposição no chão da floresta, a mil metros de altitude na Serra do Prata, região que inspirou o nome da nova espécie. Além de Blum, participaram dos estudos os pesquisadores Werner Mancinelli e Eric Smidt.
Já a revista Rodriguésia, editada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, divulgou a descoberta da Ocotea marumbiensis, feita pelos pesquisadores Marcelo Brotto, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e João Batista Baitello, do Instituto Florestal de São Paulo.
Eles observaram a nova espécie de canela partir de um material depositado em herbários. As coletas foram feitas por Brotto a partir de 2006 na Serra da Prata, no interior do Parna de Saint-Hilaire/Lange.
O artigo é intitulado "Uma espécie nova de Lauraceae da floresta atlântica do Brasil" e explica que o nome" Ocotea marumbiensis" é uma referência ao Pico do Marumbi, porção da Serra do Mar paranaense, em cuja mata foi encontrada a maior população dessa nova espécie.
Segundo os autores, esse tipo de canela é raro em sua área de ocorrência e, por isso, é categorizado pelos critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como "Em Perigo".