Editoria: Vininha F. Carvalho 10/05/2013
Os governos do Amapá e do Pará decidiram unir esforços para solucionar problemas que afetam os setores de Economia, Defesa Animal, Saúde e Segurança Pública dos dois estados vizinhos. Para isso, um amplo encontro que reuniu representantes dos dois governos aconteceu na tarde da quarta-feira, 8/5, no Centro Integrado de Governo (CIG), em Belém (PA).
As dificuldades em comum estão basicamente localizadas na região do Vale do Jari, que engloba o Sul do Amapá e o Oeste paraense, e no litoral norte da Ilha do Marajó, que coloca o Leste amapaense como porta de entrada da população ribeirinha do Pará.
Três frentes "para-amapaenses" de cooperação técnica foram formadas: febre aftosa, saúde e segurança. Também foi montado um cronograma para acompanhar o andamento dos trabalhos conjuntos.
- Saúde:
Um grupo de trabalho, que, além das secretarias de Saúde dos dois estados, terá a participação das prefeituras das cidades afetadas, foi formado para trabalhar procedimentos de encaminhamento de pacientes de um estado para o outro, principalmente na região do Marajó, de onde partem ribeirinhos paraenses em busca de socorro em Macapá e do Vale do Jari – que teve a situação agravada por conta do fechamento do hospital de Almeirim (PA), sobrecarregando a unidade de saúde de Laranjal (AP).
- Febre aftosa:
Os trabalhos na área de Defesa Animal são os mais adiantados. A preocupação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) com o trânsito – na região do Marajó – do rebanho bufalino do Amapá em direção ao território paraense resultou em um Termo de Cooperação Técnica (TCT) para erradicação da febre aftosa no lado amapaense. Atualmente, o Pará está livre da doença, mas o Amapá ainda não chegou a esta condição.
O acordo pretende estabelecer um plano de treinamentos e ações entre a Adepará e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) para erradicar a virose animal no estado amapaense.
- Segurança Pública:
O encontro tratou de planos para conter ações criminosas ocorridas nas costas e nos rios que cortam os dois estados. Especificamente, será trabalhada aquisição de embarcações policiais para coibir o crime na água, aproveitando a parceria que já existe entre as forças policiais, sobretudo na troca de informações das equipes de inteligência dos dois estados. Contudo, haverá mais cooperação nas ações contra furtos de veículos e tráfico de drogas no Vale do Jari.